Para todos os amigos (as) e visitantes do Ilhas do Mar2
Onde o mar, com paredes de vidro, rodeia o centro inviolável: A ilha (Natália Correia)
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Frustração
Foi bonito
O meu sonho de amor.
Floriram em redor
Todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
Lavado e promissor.
Só que não houve frutos
Dessa primavera.
A vida disse que era
Tarde demais.
E que as paixões tardias
São ironias
Dos deuses desleais.
Miguel Torga, in 'Diário XV'
O meu sonho de amor.
Floriram em redor
Todos os campos em pousio.
Um sol de Abril brilhou em pleno estio,
Lavado e promissor.
Só que não houve frutos
Dessa primavera.
A vida disse que era
Tarde demais.
E que as paixões tardias
São ironias
Dos deuses desleais.
Miguel Torga, in 'Diário XV'
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Praia do Esquecimento
Fujo da sombra; cerro os olhos: não há nada.
A minha vida nem consente
rumor de gente
na praia desolada.
Apenas decisão de esquecimento:
mas só neste momento eu a descubro
como a um fruto rubro
de que, sem já sabê-lo, me sustento.
E do Sol amarelo que há no céu
somente sei que me queimou a pele.
Juro: nem dei por ele
quando nasceu.
David Mourão-Ferreira, in "Tempestade de Verão"
sábado, 17 de novembro de 2012
AUSÊNCIA
Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
domingo, 11 de novembro de 2012
Recordação
Pertenci a vários corações
entre amores e desamores.
E, neles estou como lembrança
desses encontros e desencontros.
O meu, solitário e amargurado,
caminha fraco e desamparado.
Procura com alguma esperança
serenidade. E, sem clamores,
um recanto e um reencontro,
que abrigue
sonhos e recordações.
sábado, 3 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Na praia
Corremos na praia de mãos dadas,
construímos castelos de areia,rimos, rebolamos, amamo-nos.
E, de exaustação adormecemos
enlaçados pela maresia.
Acordei. O sonho terminara.
Na praia deserta, estava só!terça-feira, 30 de outubro de 2012
Hoje
O negrume da tempestade dissipou.
Um sol muito tímido beijou a terra.
No céu cinzelado de brancos e azuis,
a tua imagem distante emergia.
Na onda, o murmurejo da tua voz.
O vento despenteava-me, despia-me, acariciava-me,
mãos saudosas, vagavam o meu corpo.
Dentro de mim um grito dilacerante.
Um amor impossível.
Um sol muito tímido beijou a terra.
No céu cinzelado de brancos e azuis,
a tua imagem distante emergia.
Na onda, o murmurejo da tua voz.
O vento despenteava-me, despia-me, acariciava-me,
mãos saudosas, vagavam o meu corpo.
Dentro de mim um grito dilacerante.
Um amor impossível.
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Lembra-te
Lembra-te
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar
seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Saudade
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.Pablo Neruda
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.Pablo Neruda
sábado, 20 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
terça-feira, 9 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
Quando a Ciência não é utilizada a favor da Humanidade
Niels Henrick David Bohr (Copenhaga, 7 de Outubro de 1885 — Copenhaga, 18 de novembro de 1962) foi um físico dinamarquês cujos trabalhos contribuíram decisivamente para a compreensão da estrutura atômica e da física quântica.
A teoria de Bohr, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. Assim, a teoria de Bohr permitiu a elaboração da mecânica quântica partindo de uma sólida base experimental.
Em 1933, juntamente com seu aluno Wheeler, Bohr aprofundou a teoria da fissão, evidenciando o papel fundamental do urânio 235. Estes estudos permitiram prever também a existência de um novo elemento, descoberto pouco depois: o plutónio.
Bohr, compreendendo a gravidade da situação e o perigo que essa bomba poderia representar para a humanidade, dirigiu-se a Churchill e Roosevelt, num apelo à sua responsabilidade de chefes de Estado, tentando evitar a construção da bomba atómica.
Mas a tentativa de Bohr foi em vão. Em julho de 1945 a primeira bomba atómica experimental explodiu em Alamogordo. Em Agosto desse mesmo ano, uma bomba atómica destruiu a cidade de Hiroshima. Três dias depois, uma segunda bomba foi lançada em Nagasaki.
Em 1950, Bohr escreveu a “Carta Aberta” às Nações Unidas em defesa da preservação da paz, por ele considerada como condição indispensável para a liberdade de pensamento e de pesquisa.
Fonte: Wikipédia
A teoria de Bohr, que foi sucessivamente enriquecida, representou um passo decisivo no conhecimento do átomo. Assim, a teoria de Bohr permitiu a elaboração da mecânica quântica partindo de uma sólida base experimental.
Em 1933, juntamente com seu aluno Wheeler, Bohr aprofundou a teoria da fissão, evidenciando o papel fundamental do urânio 235. Estes estudos permitiram prever também a existência de um novo elemento, descoberto pouco depois: o plutónio.
Bohr, compreendendo a gravidade da situação e o perigo que essa bomba poderia representar para a humanidade, dirigiu-se a Churchill e Roosevelt, num apelo à sua responsabilidade de chefes de Estado, tentando evitar a construção da bomba atómica.
Mas a tentativa de Bohr foi em vão. Em julho de 1945 a primeira bomba atómica experimental explodiu em Alamogordo. Em Agosto desse mesmo ano, uma bomba atómica destruiu a cidade de Hiroshima. Três dias depois, uma segunda bomba foi lançada em Nagasaki.
Em 1950, Bohr escreveu a “Carta Aberta” às Nações Unidas em defesa da preservação da paz, por ele considerada como condição indispensável para a liberdade de pensamento e de pesquisa.
Fonte: Wikipédia
sábado, 6 de outubro de 2012
ESPANQUEMOS OS POBRES!
Durante quinze dias confinei-me em meu quarto e me cerquei de livros que estavam
na moda naqueles tempos (há dezesseis ou dezessete anos); quero falar de livros
em que se trata da arte de tornar os povos felizes, sábios e ricos em vinte e
quatro horas. Tinha eu digerido – engolido, quero dizer – todas as elucubrações
de todos os empresários da felicidade pública – dos que aconselham a todos os
pobres a se fazerem escravos e dos que persuadiam que eles são reis destronados.
Ninguém acharia surpreendente que eu entrasse então em um estado de espírito
vizinho da vertigem ou da estupidez.
Pareceu-me, somente, que eu sentisse, confinado, no fundo do meu intelecto, o germe obscuro de uma idéia superior a todas as fórmulas de curandeiras que eu, recentemente, vira, folheando no dicionário. Mas isso só era a idéia de uma idéia, algo de infinitamente vago.
E saí com uma grande sede. Porque o gosto apaixonado por más leituras engendra uma necessidade proporcional de grandes ares e de muitas bebidas refrescantes.
Quando ia entrar num bar, um mendigo estendeu-me o chapéu com um desses inesquecíveis olhares que derrubariam tronos, se é que o espírito removesse a matéria e se o olho de um hipnotizador fizesse as uvas amadurecerem.
Ouvi, ao mesmo tempo, uma voz que me cochichava ao ouvido, uma voz que eu me reconheci bem; era a voz de um bom Anjo ou um bom Demônio, que me acompanha por todos os lugares. Se Sócrates tinha seu bom Demônio, por que eu não havia de ter o meu bom Anjo, e por que não teria eu a honra, como Sócrates, de obter um brevê de loucura, assinado pelo sutil Lélut e pelo bem informado Baillarger?
Existe essa diferença entre o Demônio de Sócrates e o meu, pois o de Sócrates só se manifestava a ele para proibir, advertir, impedir, e que o meu dignava-se a aconselhar, sugerir, persuadir; o meu é um grande afirmador, o meu é um Demônio de ação, um Demônio de combate.
Ora, sua voz cochichava isso: “Quem for igual ao outro que o prove e só é digno de liberdade quem a sabe conquistar.”
Imediatamente saltei sobre meu mendigo. Com um único soco fechei-lhe um olho, que, em um segundo, tornou-se inchado como uma bola. Quebrei uma unha ao partir-lhe dois dentes, e como eu não me sentisse bastante forte, tendo nascido de compleição delicada e tivesse pouca prática de boxe, para desancar aquele velho, peguei-o com uma das mãos pela gola de seu casaco e com a outra lhe agarrei a garganta e me pus a sacudi-lo, vigorosamente, cabeça contra a parede. Devo confessar que já havia previamente inspecionado os arredores com uma olhada e havia verificado que naquele subúrbio deserto eu me achava, por algum tempo, fora do alcance de qualquer policial.
Tendo, em seguida, com um pontapé, dado em suas costas, bastante enérgico para lhe quebrar as omoplatas, botei por terra aquele sexagenário enfraquecido; peguei, então, um grosso galho de árvore, que estava jogado no chão, e bati nele com a energia obstinada dos cozinheiros que querem amolecer um bife.
De repetente – ó milagre! Ó alegria do filósofo que verifica a excelência de sua teoria – vi esta antiga carcaça se virar, se levantar com uma energia que eu jamais suspeitaria que houvesse numa máquina de tal modo danificada, e, com um olhar de raiva que me pareceu de bom augúrio, o malandro decrépito jogou-se sobre mim, socou-me os dois olhos, quebrou-me quatro dentes e, com o mesmo galho de árvore, bateu-me fortemente. Pela minha enérgica medicação, eu lhe havia restituído o orgulho e a vida.
Então, eu lhe fiz sinais enérgicos para que compreendesse que eu considerava nossa discussão terminada e, levantando-me com a satisfação de um sofista de Pórtico, lhe disse: “Meu senhor, o senhor é meu igual! Queira dar-me a honra de aceitar que eu divida minha bolsa consigo, e lembre-se: se você é realmente filantropo, que é preciso aplicar, em todos os seus confrades, quando eles lhe pedirem esmolas, a mesma teoria que eu tive o sofrimento de experimentar sobre suas costas.”
Ele me jurou que havia compreendido a minha teoria e que obedeceria aos meus conselhos.
Baudelaire
Pareceu-me, somente, que eu sentisse, confinado, no fundo do meu intelecto, o germe obscuro de uma idéia superior a todas as fórmulas de curandeiras que eu, recentemente, vira, folheando no dicionário. Mas isso só era a idéia de uma idéia, algo de infinitamente vago.
E saí com uma grande sede. Porque o gosto apaixonado por más leituras engendra uma necessidade proporcional de grandes ares e de muitas bebidas refrescantes.
Quando ia entrar num bar, um mendigo estendeu-me o chapéu com um desses inesquecíveis olhares que derrubariam tronos, se é que o espírito removesse a matéria e se o olho de um hipnotizador fizesse as uvas amadurecerem.
Ouvi, ao mesmo tempo, uma voz que me cochichava ao ouvido, uma voz que eu me reconheci bem; era a voz de um bom Anjo ou um bom Demônio, que me acompanha por todos os lugares. Se Sócrates tinha seu bom Demônio, por que eu não havia de ter o meu bom Anjo, e por que não teria eu a honra, como Sócrates, de obter um brevê de loucura, assinado pelo sutil Lélut e pelo bem informado Baillarger?
Existe essa diferença entre o Demônio de Sócrates e o meu, pois o de Sócrates só se manifestava a ele para proibir, advertir, impedir, e que o meu dignava-se a aconselhar, sugerir, persuadir; o meu é um grande afirmador, o meu é um Demônio de ação, um Demônio de combate.
Ora, sua voz cochichava isso: “Quem for igual ao outro que o prove e só é digno de liberdade quem a sabe conquistar.”
Imediatamente saltei sobre meu mendigo. Com um único soco fechei-lhe um olho, que, em um segundo, tornou-se inchado como uma bola. Quebrei uma unha ao partir-lhe dois dentes, e como eu não me sentisse bastante forte, tendo nascido de compleição delicada e tivesse pouca prática de boxe, para desancar aquele velho, peguei-o com uma das mãos pela gola de seu casaco e com a outra lhe agarrei a garganta e me pus a sacudi-lo, vigorosamente, cabeça contra a parede. Devo confessar que já havia previamente inspecionado os arredores com uma olhada e havia verificado que naquele subúrbio deserto eu me achava, por algum tempo, fora do alcance de qualquer policial.
Tendo, em seguida, com um pontapé, dado em suas costas, bastante enérgico para lhe quebrar as omoplatas, botei por terra aquele sexagenário enfraquecido; peguei, então, um grosso galho de árvore, que estava jogado no chão, e bati nele com a energia obstinada dos cozinheiros que querem amolecer um bife.
De repetente – ó milagre! Ó alegria do filósofo que verifica a excelência de sua teoria – vi esta antiga carcaça se virar, se levantar com uma energia que eu jamais suspeitaria que houvesse numa máquina de tal modo danificada, e, com um olhar de raiva que me pareceu de bom augúrio, o malandro decrépito jogou-se sobre mim, socou-me os dois olhos, quebrou-me quatro dentes e, com o mesmo galho de árvore, bateu-me fortemente. Pela minha enérgica medicação, eu lhe havia restituído o orgulho e a vida.
Então, eu lhe fiz sinais enérgicos para que compreendesse que eu considerava nossa discussão terminada e, levantando-me com a satisfação de um sofista de Pórtico, lhe disse: “Meu senhor, o senhor é meu igual! Queira dar-me a honra de aceitar que eu divida minha bolsa consigo, e lembre-se: se você é realmente filantropo, que é preciso aplicar, em todos os seus confrades, quando eles lhe pedirem esmolas, a mesma teoria que eu tive o sofrimento de experimentar sobre suas costas.”
Ele me jurou que havia compreendido a minha teoria e que obedeceria aos meus conselhos.
Baudelaire
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
5 de Outubro de 2012
Cavaco Silva iniciou as cerimónias oficiais da implantação da República, hasteando a bandeira nacional ao contrário. O final levou outra marca: duas mulheres furaram a segurança e protestaram, uma com gritos e outra com canto.
1ºs Presidentes da República Portuguesa
Nasceu a 24 de Fevereiro de 1843, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, no arquipélago dos Açores. Presidio ao Governo Provisório da República Portuguesa.
Manuel de Arriaga nasceu na casa do Arco, no centro da cidade da Horta, ilha do Faial, no Arquipélago dos Açores. Presidente eleito da República Portuguesa.
Manuel de Arriaga nasceu na casa do Arco, no centro da cidade da Horta, ilha do Faial, no Arquipélago dos Açores. Presidente eleito da República Portuguesa.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
terça-feira, 25 de setembro de 2012
sábado, 22 de setembro de 2012
Bandeira da União Europeia
As 12 estrelas em círculo simbolizam os Princípios da Unidade, da Solidariedade e da Harmonia entre os povos da Europa.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
terça-feira, 18 de setembro de 2012
Luiz Goes
Parabéns Maria Teresa Horta
Poema sobre a recusa
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
Maria Teresa Horta
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria profunda.
Maria Teresa Horta
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Magoada
Faz hoje 39 anos que saí da cidade, que me acolheu na
minha adolescência, com a minha mala de cartão xadrez cheia de livros (Dostoievski,
Tolstoi, Gorki, Victor Hugo, Desmond Morris, Kant, Trindade Coelho, Eça de
Queirós, Torga, entre outros) e os vinil e LP de Zeca Afonso, Adriano, Beatles
e outros (muitos deles eram lidos e ouvidos às escondidas, bem como a rádio
Argel, porque eram proibidos). Nessa mala iam sonhos, muitos sonhos e muita
ansiedade. Precisava de trabalhar e estudar.
Alguns dos meus colegas de Liceu já andavam por lá,
muitos deles, envolvidos nos movimentos estudantis, perseguidos pela PIDE,
presos. Lutava-se na clandestinidade para derrubar o Fascismo, terminar com a
Guerra Colonial e por uma SOCIEDADE DIGNA, JUSTA e IGUALITÁRIA.
É esta ambiência que me acolhe na Lusa Atenas, a integração foi fácil. Relacionei-me com pessoas de
todas as idades, classes sociais e de diferentes etnias. As convicções eram as
mesmas.
Trabalhei, estudei, lutei, fui mãe, e cresci como
mulher e cidadã. Sobrevivi com muita coragem e dignidade.
Valeu a pena!
Chegou aquela madrugada de Abril!
A notícia difundia-se na rádio e a Felicidade
transbordava dos nossos jovens corações.
Finalmente! A minha filha não precisaria de passar
pelo mesmo sofrimento.
Enganei-me… Ela está pior do que eu.
Estou muito magoada. Não foi para isto que a minha
geração lutou.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
terça-feira, 11 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
Capitalismo Selvagem
“A história de toda sociedade humana, até os nossos
dias, é a história de conflito entre classes. Entre o
homem livre e o escravo, patrício e plebeu, barão e
servo, mestre de ofício e companheiro, numa
palavra, opressores e oprimidos se encontram
sempre em conflito, ora disfarçado, ora
abertamente, e que termina sempre por uma
transformação revolucionária de toda a sociedade,
ou então pela ruína das diversas classes em luta.”
(Karl Marx e Friedrich Engels.
O Manifesto comunista, 1848)
sábado, 8 de setembro de 2012
sábado, 18 de agosto de 2012
Furacão Gordon
Furacão Gordon atinge categoria 2 a 950 quilómetros dos Açores |
Presstur 18-08-2012 (22h11)O furacão Gordon atingiu a categoria 2 na escala Saffir-Simpson, com ventos de 165 Km/hora, quando já está a menos de mil quilómetros dos Açores, segundo o último boletim do National Hurricane Center (NHC), que continua a prever que irá perder intensidade a partir de amanhã, embora ainda vá provocar condições de furacão nas ilhas dos grupos central e oriental dos Açores na madrugada de segunda-feira. O boletim das 21h00 UTC de hoje indica que o “olho” do Gordon se encontrava a 950 quilómetros dos Açores, o que significa que nas seis horas anteriores percorreu 180 quilómetros no sentido do arquipélago português, que está com aviso de furacão. Saiba mais aqui |
domingo, 12 de agosto de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
sábado, 16 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Faça férias nos Açores, ilha do Pico
Etiquetas:
Açores,
alpinismo,
cetáceos,
espeleologia,
Faial,
fauna,
Férias,
flora,
gastronomia,
mergulho,
montanhismo,
natureza,
observação de cetáceos,
pesca,
Pico,
S.Jorge,
trilhos
quinta-feira, 7 de junho de 2012
quarta-feira, 6 de junho de 2012
terça-feira, 5 de junho de 2012
domingo, 3 de junho de 2012
Subscrever:
Mensagens (Atom)