Poema sobre a recusa
Como é possível perder-te
sem nunca te ter
achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago
sem termos
sido a cidade
nem termos rasgado pedras
sem descobrirmos a cor
nem o
interior da erva.
Como é possível perder-te
sem nunca te ter
achado
minha raiva de ternura
meu ódio de conhecer-te
minha alegria
profunda.
Maria Teresa Horta
Sem comentários:
Enviar um comentário