Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade
Retirado daqui
Onde o mar, com paredes de vidro, rodeia o centro inviolável: A ilha (Natália Correia)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Eras cronológicas 2010
Todas as datas são referidas ao calendário gregoriano
O dia 14 de Janeiro corresponde ao dia 1 de Janeiro do calendário juliano.
O ano 2010 da era vulgar, ou de Cristo, é o 10.º do século XXI e corresponde ao ano 6723 do período juliano, contendo os dias 2 455 198 a 2 455 561.
O ano 7519 da era bizantina começa no dia 14 de Setembro.
O ano 5771 da era israelita começa ao pôr-do-sol do dia 8 de Setembro.
O ano 4647 da era chinesa (ano do tigre) começa no dia 14 de Fevereiro.
O ano 2786 das Olimpíadas (ou 2º da 697ª), começa no dia 14 de Setembro, ao uso bizantino.
O ano 2763 da Fundação de Roma «ab urbe condita», segundo Varrão, começa no dia 14 de Janeiro.
O ano 2759 da era Nabonassar começa no dia 21 de Abril.
O ano 2670 da era japonesa, ou 22 do período Heisei (que se seguiu ao período Xô-Uá), começa no dia 1 de Janeiro.
O ano 2322 da era grega (ou dos Seleucidas) começa, segundo os usos actuais dos sírios, no dia 14 de Setembro ou no dia 14 de Outubro, conforme as seitas religiosas.
O ano 2048 da era de César (ou hispânica), usada em Portugal até 1422, começa no dia 14 de Janeiro.
O ano 1932 da era Saka, no calendário indiano reformado, começa no dia 22 de Março.
O ano 1727 da era de Diocleciano começa no dia 11 de Setembro.
O ano 1432 da era islâmica (ou Hégira) começa ao pôr-do-sol do dia 7 de Dezembro.
O ano 166 da era Bahá'í começa no dia 21 de Março.
ESTAÇÕES
A Primavera (Equinócio) começa a 20 de Março, às 17:32. O Verão (Solstício) começa a 21 de Junho, às 11:28. O Outono (Equinócio) começa a 23 de Setembro, às 03:09. O Inverno (Solstício) começa a 21 de Dezembro, às 23:38
ECLIPSES
Em 2010 há um eclipse anular e um total do Sol respectivamente a 15 de Janeiro e 11 de Julho, ambos os fenómenos, não serão avistados de Portugal. Em 2010 haverá um eclipse parcial e outro total da Lua, respectivamente a 26 de Junho e 21 de Dezembro, mas apenas este último será avistado em Portugal.
*Com base nos dados do Observatório Astronómico de Lisboa e do Calendário Celebração do Tempo 2010 (edições Paulinas)".
Vi aqui: http://dererummundi.blogspot.com/2009/12/fim-do-ano.html
Foi-me enviado pela minha colega Zé Barroso.
O dia 14 de Janeiro corresponde ao dia 1 de Janeiro do calendário juliano.
O ano 2010 da era vulgar, ou de Cristo, é o 10.º do século XXI e corresponde ao ano 6723 do período juliano, contendo os dias 2 455 198 a 2 455 561.
O ano 7519 da era bizantina começa no dia 14 de Setembro.
O ano 5771 da era israelita começa ao pôr-do-sol do dia 8 de Setembro.
O ano 4647 da era chinesa (ano do tigre) começa no dia 14 de Fevereiro.
O ano 2786 das Olimpíadas (ou 2º da 697ª), começa no dia 14 de Setembro, ao uso bizantino.
O ano 2763 da Fundação de Roma «ab urbe condita», segundo Varrão, começa no dia 14 de Janeiro.
O ano 2759 da era Nabonassar começa no dia 21 de Abril.
O ano 2670 da era japonesa, ou 22 do período Heisei (que se seguiu ao período Xô-Uá), começa no dia 1 de Janeiro.
O ano 2322 da era grega (ou dos Seleucidas) começa, segundo os usos actuais dos sírios, no dia 14 de Setembro ou no dia 14 de Outubro, conforme as seitas religiosas.
O ano 2048 da era de César (ou hispânica), usada em Portugal até 1422, começa no dia 14 de Janeiro.
O ano 1932 da era Saka, no calendário indiano reformado, começa no dia 22 de Março.
O ano 1727 da era de Diocleciano começa no dia 11 de Setembro.
O ano 1432 da era islâmica (ou Hégira) começa ao pôr-do-sol do dia 7 de Dezembro.
O ano 166 da era Bahá'í começa no dia 21 de Março.
ESTAÇÕES
A Primavera (Equinócio) começa a 20 de Março, às 17:32. O Verão (Solstício) começa a 21 de Junho, às 11:28. O Outono (Equinócio) começa a 23 de Setembro, às 03:09. O Inverno (Solstício) começa a 21 de Dezembro, às 23:38
ECLIPSES
Em 2010 há um eclipse anular e um total do Sol respectivamente a 15 de Janeiro e 11 de Julho, ambos os fenómenos, não serão avistados de Portugal. Em 2010 haverá um eclipse parcial e outro total da Lua, respectivamente a 26 de Junho e 21 de Dezembro, mas apenas este último será avistado em Portugal.
*Com base nos dados do Observatório Astronómico de Lisboa e do Calendário Celebração do Tempo 2010 (edições Paulinas)".
Vi aqui: http://dererummundi.blogspot.com/2009/12/fim-do-ano.html
Foi-me enviado pela minha colega Zé Barroso.
sábado, 26 de dezembro de 2009
Quase um poema de amor
Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
--- Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor
Miguel Torga
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
--- Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor
Miguel Torga
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
domingo, 13 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
domingo, 6 de dezembro de 2009
Porque é fim de semana
Porque é fim de semana e porque a Mercês (Graciosa) nos brindou com esta recordação da nossa juventude, convido-vos a partilhar esta reliquía dos anos 60.
Bom fim de semana
Obrigada, Mercês
Bom fim de semana
Obrigada, Mercês
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Timidez
Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra calda
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
- e um dia me acabarei.
Cecília Meireles
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve...
- mas só esse eu não farei.
Uma palavra calda
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes...
- palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
- que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando...
- e um dia me acabarei.
Cecília Meireles
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta
Às vezes, em dias de luz perfeita e exacta,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.
Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?
Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!
Alberto Caeiro
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.
Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?
Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.
Que difícil ser próprio e não ser senão o visível!
Alberto Caeiro
sábado, 21 de novembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Crepúsculo
É quando um espelho, no quarto,
se enfastia;
Quando a noite se destaca
da cortina;
Quando a carne tem o travo
da saliva,
e a saliva sabe a carne
dissolvida;
Quando a força de vontade
ressuscita;
Quando o pé sobre o sapato
se equilibra...
E quando às sete da tarde
morre o dia
- que dentro de nossas almas
se ilumina,
com luz lívida, a palavra
despedida.
David Mourão Ferreira
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Líderes cada vez mais de acordo em não fazer pacto vinculativo sobre o clima em Copenhaga

Notícia retirada daqui
domingo, 15 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
As flores do mal
A QUE ESTÁ SEMPRE ALEGRE
Teu ar, teu gesto, tua fronte
São belos qual bela paisagem;
O riso brinca em tua imagem
Qual vento fresco no horizonte.
A mágoa que te roça os passos
Sucumbe à tua mocidade,
À tua flama, à claridade
Dos teus ombros e dos teus braços.
As fulgurantes, vivas cores
De tua vestes indiscretas
Lançam no espírito dos poetas
A imagem de um balé de flores.
Tais vestes loucas são o emblema
De teu espírito travesso;
Ó louca por quem enlouqueço,
Te odeio e te amo, eis meu dilema!
Certa vez, num belo jardim,
Ao arrastar minha atonia,
Senti, como cruel ironia,
O sol erguer-se contra mim;
E humilhado pela beleza
Da primavera ébria de cor,
Ali castiguei numa flor
A insolência da Natureza.
Assim eu quisera uma noite,
Quando a hora da volúpia soa,
Às frondes de tua pessoa
Subir, tendo à mão um açoite,
Punir-te a carne embevecida,
Magoar o teu peito perdoado
E abrir em teu flanco assustado
Uma larga e funda ferida,
E, como êxtase supremo,
Por entre esses lábios frementes,
Mais deslumbrantes, mais ridentes,
Infundir-te, irmã, meu veneno!
Charles Baudelaire
Teu ar, teu gesto, tua fronte
São belos qual bela paisagem;
O riso brinca em tua imagem
Qual vento fresco no horizonte.
A mágoa que te roça os passos
Sucumbe à tua mocidade,
À tua flama, à claridade
Dos teus ombros e dos teus braços.
As fulgurantes, vivas cores
De tua vestes indiscretas
Lançam no espírito dos poetas
A imagem de um balé de flores.
Tais vestes loucas são o emblema
De teu espírito travesso;
Ó louca por quem enlouqueço,
Te odeio e te amo, eis meu dilema!
Certa vez, num belo jardim,
Ao arrastar minha atonia,
Senti, como cruel ironia,
O sol erguer-se contra mim;
E humilhado pela beleza
Da primavera ébria de cor,
Ali castiguei numa flor
A insolência da Natureza.
Assim eu quisera uma noite,
Quando a hora da volúpia soa,
Às frondes de tua pessoa
Subir, tendo à mão um açoite,
Punir-te a carne embevecida,
Magoar o teu peito perdoado
E abrir em teu flanco assustado
Uma larga e funda ferida,
E, como êxtase supremo,
Por entre esses lábios frementes,
Mais deslumbrantes, mais ridentes,
Infundir-te, irmã, meu veneno!
Charles Baudelaire
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Se
Se não puderes ser um pinheiro, no topo de uma colina,
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser uma ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
Sê um arbusto no vale mas sê
O melhor arbusto à margem do regato.
Sê um ramo, se não puderes ser uma árvore.
Se não puderes ser uma ramo, sê um pouco de relva
E dá alegria a algum caminho.
Se não puderes ser uma estrada,
Sê apenas uma senda,
Se não puderes ser o Sol, sê uma estrela.
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso...
Mas sê o melhor no que quer que sejas.
Pablo Neruda
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Ó NOITE
Ó noite, flor acesa, quem te colhe?
Sou eu que em ti me deixo anoitecer,
Ou o gesto preciso que te escolhe
Na flor dum outro ser
Sophia de Mello Breyner
Sou eu que em ti me deixo anoitecer,
Ou o gesto preciso que te escolhe
Na flor dum outro ser
Sophia de Mello Breyner
terça-feira, 3 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
domingo, 1 de novembro de 2009
Porque hoje é domingo
Porque hoje é domingo
E o dia despertou preguiçosamente bonito;
Vou te amar mais uma vez.
Mais uma vez vou te amar;
Porque hoje é domingo.
Mas se o telefone tocar
Se o cachorro latir
Se o carteiro no portão bater;
Não vou dar atenção.
Mais uma vez vou te amar
Porque hoje é domingo.
Porque hoje é domingo
Vou te servir café na cama.
E se meu flerte te causar espanto
Vou te amar mais uma vez.
Mais uma vez vou te amar;
Porque hoje é domingo.
Mas se o vizinho acordar
Se um temporal varrer a cidade
Se um terremoto balançar nossa cama;
Mais uma vez vou te amar
Porque hoje é domingo
Porque hoje é domingo
Não quero saber de compromisso.
Vou te amar mais uma vez
Mais uma vez vou te amar;
Porque hoje é domingo.
Mas se a noite chegar
Se a lua nos abençoar
Se o sol nascer com cara de segunda-feira;
Vou te amar mais uma vez.
Mais uma vez vou te amar
Porque você é meu eterno domingo.
Gilio de Hollanda
E o dia despertou preguiçosamente bonito;
Vou te amar mais uma vez.
Mais uma vez vou te amar;
Porque hoje é domingo.
Mas se o telefone tocar
Se o cachorro latir
Se o carteiro no portão bater;
Não vou dar atenção.
Mais uma vez vou te amar
Porque hoje é domingo.
Porque hoje é domingo
Vou te servir café na cama.
E se meu flerte te causar espanto
Vou te amar mais uma vez.
Mais uma vez vou te amar;
Porque hoje é domingo.
Mas se o vizinho acordar
Se um temporal varrer a cidade
Se um terremoto balançar nossa cama;
Mais uma vez vou te amar
Porque hoje é domingo
Porque hoje é domingo
Não quero saber de compromisso.
Vou te amar mais uma vez
Mais uma vez vou te amar;
Porque hoje é domingo.
Mas se a noite chegar
Se a lua nos abençoar
Se o sol nascer com cara de segunda-feira;
Vou te amar mais uma vez.
Mais uma vez vou te amar
Porque você é meu eterno domingo.
Gilio de Hollanda
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
terça-feira, 20 de outubro de 2009
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Entrei no café com um rio na algibeira
Entrei no café com um rio na algibeira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira
e pu-lo no chão,
a vê-lo correr
da imaginação...
A seguir, tirei do bolso do colete
nuvens e estrelas
e estendi um tapete
de flores
a concebê-las.
Depois, encostado à mesa,
tirei da boca um pássaro a cantar
e enfeitei com ele a Natureza
das árvores em torno
a cheirarem ao luar
que eu imagino.
E agora aqui estou a ouvir
A melodia sem contorno
Deste acaso de existir
-onde só procuro a Beleza
para me iludir
dum destino.
José Gomes Ferreira
sábado, 10 de outubro de 2009
Surdo, Subterrâneo Rio
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
domingo, 27 de setembro de 2009
Verdes anos - Carlos Paredes
Numa tarde Outonal como a de hoje, sinto-me bem ouvindo a guitarra de Carlos Paredes.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Concerto "Paz sem fronteiras" em Havana
Na imensidão desta praça e no que ela representa de valores sociais e humanos, senti-me um ser tão pequenino.
Neste concerto ela está repleta de pessoas com alegria e esperança num Mundo melhor.
Juntemo-nos
Neste concerto ela está repleta de pessoas com alegria e esperança num Mundo melhor.
Juntemo-nos
domingo, 20 de setembro de 2009
NUVENS CORRENDO NUM RIO
Nuvens correndo num rio
Quem sabe onde vão parar?
Fantasma do meu navio
Não corras, vai devagar!
Vais por caminhos de bruma
Que são caminhos de olvido.
Não queiras, ó meu navio,
Ser um navio perdido.
Sonhos içados ao vento
Querem estrelas varejar!
Velas do meu pensamento
Aonde me quereis levar?
Não corras, ó meu navio
Navega mais devagar,
Que nuvens correndo em rio,
Quem sabe onde vão parar?
Que este destino em que venho
É uma troça tão triste;
Um navio que não tenho
Num rio que não existe.
Natália Correia
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